A criança, a consciência e o amor

A CRIANÇA, A CONSCIÊNCIA E O AMOR

21 de Janeiro de 2012 às 0:53
A CRIANÇA, A CONSCIÊNCIA E O AMOR

Gestação e Nascimento
Durante todo o processo de criação, e após o 2º mês de gestação, o bebé, na barriga da mãe, recebe todas as informações, e emoções, associadas à sua mãe, e ao meio envolvente de que ela faz parte. Tudo necessário à perfeita realização da sua missão terrena. Esse acumular de informações profundas no inconsciente, culmina no nascimento, onde o bebé é confrontado com a vida e através da respiração. Dá-se um choque, e ao mesmo tempo uma consciência interna – a partir desse momento a criança assume um controle inconsciente sobre si mesmo! Torna-se independente, já não precisa da mãe para respirar, ele próprio o faz!


Caso real:
Um dia uma senhora consultou-me para tentar perceber a suposta hiperactividade, e a constante revolta de seu filho para com ela. Ele rejeitava a sua mãe e sofria inconscientemente da sensação de abandono. Essa senhora tinha mais filhos, mas apenas esse manifestava este comportamento. Ao realizar a leitura sensitiva, através do toque dos pulsos na criança, visualizei uma imagem de uma senhora grávida a tentar suicidar-se numas escadas de um prédio. Senti angústia, impotência, e desespero em relação à sua sobrevivência. Essa senhora não tinha condições para ter essa criança, não só pela falta de dinheiro, como também pelo facto de ser fruto de uma relação com alguém comprometido. O sentimento que permanecia era de desgosto, e quase raiva pelo bebé que carregava. Não teve coragem de o fazer, apesar de várias tentativas. Aparentemente uma situação normal e directamente relacionada com a mãe, no entanto, tudo foi registado na criança. Sem se aperceber, a mãe transportou para o seu filho todos os seus medos e receios. A dificuldade em identificar a causa de todo o transtorno de seu filho, prende-se com o próprio processo de crescimento individual e conjunto com o seu filho. Após essa leitura, chamei a mãe, e perguntei-lhe se as imagens que eu tinha visualizado lhe diziam alguma coisa. Ela confirmou, e só pelo facto de tomar consciência, permitiu o inicio da destruição da barreira que a separava do filho. É óbvio que após essa leitura, houve necessidade de acompanhamento e trabalho terapêutico, tendo em conta o sentimento de culpa enraizado no seu inconsciente, no entanto, tudo se desenrolou tranquilamente a partir daí.

O próprio nascimento torna-se num momento crucial e muito importante para uma boa ‘caminhada terrena’. A forma como a criança nasce, implica no seu desenvolvimento e afecta a restante construção de todo o seu alicerce interno.

Por exemplo, uma criança que nasce através de fórceps, tem possibilidades desenvolver uma forma de estar na vida ligada à inércia, e à necessidade de ser ‘empurrada’ por terceiros no alcance dos seus objectivos. Uma criança que nasce antes do tempo, poderá desenvolver a sensação que o tempo nunca é suficiente para viver tornando-se apressada e stressada. Sem saber, uma mãe ao programar o nascimento do seu filho, pode estar a influenciar em todo o seu processo, existindo a necessidade de reajustes em todo o processo de desenvolvimento da criança.

Quanto mais o ser humano se desenvolver, e compreender a razão da sua existência, na aproximação com o seu Eu Interior, mais facilmente atingirá as capacidades necessárias à construção da criança equilibrada e consciente que se pretende para o futuro!

O Alimento Espiritual na Criança
A criança possui todas as suas capacidades sensitivas e psíquicas em pleno funcionamento. Até cerca dos 12 anos, acredito que a criança usa a sua intuição especial ou capacidades psíquicas de uma forma natural e espontânea. Após essa idade, a razão, o sentido e clareza imposta pela sociedade, família e meio envolvente, ocupam o lugar da sensibilidade, e sem se aperceber, essa criança adapta-se e afasta-se da sua essência mais profunda. Todo o ser humano passa pelo mesmo processo. Neste sentido torna-se necessário a criação da possibilidade de alimento constante na criança e na criação de possibilidades em prolongar o funcionamento das suas capacidades sensitivas.

A criança é um ser especial. Toda a criança é um ser especial. Um ser que reaviva a memória daqueles que um dia o foram. Um ser que torna possível o acreditar, e a possibilidade do sentir de uma forma mais plena e profunda, na sua manifestação espontânea e no ‘agora’. Acredito que toda a criança possui essa capacidade de manifestar a vida, graças ao seu desenvolvimento e alimento espiritual, na ligação à fonte divina! Ao alterar a ‘frequência’, durante o crescimento, a própria criança esquece lentamente essa possibilidade de manifestação plena da vida. Se o ser humano aprende com os seus supostos ‘erros’, então é altura de investir na formação e alimento espiritual daqueles que poderão garantir a nossa continuidade futura!

Ao rotular a criança, com nomes como ‘Criança Índigo’, ‘Criança Cristal’, ou ‘Criança Especial’, apenas se está a criar condicionalismos e limitações no seu próprio desenvolvimento. Se todo o ser humano é uma centelha divina, se todo o ser humano é uma ser em desenvolvimento e espiritual, então porque não tornar as coisas mais simples? Porque não encarar a vida apenas pela sua manifestação e olhar para a criança como um ser único e individual?

Caso real:
Uma mãe procurou-me para que a ajudasse a compreender o seu filho. Os locais que tinha procurado, tinham-lhe dito que o seu filho era ‘Índigo’, uma criança especial e diferente das demais. Apesar de até o sentir (naturalmente como mãe), não conseguia perceber como é que uma criança considerada especial, e ‘Índigo’, apresentava comportamentos agressivos e de rejeição para com ela mesmo. O que se passava na realidade era que, o facto desta mãe, estar concentrada na característica ‘especial’, tornava impossível a tarefa na compreensão mais profunda do seu filho. Esta mãe não conseguia perceber que o comportamento de seu filho estava a ser originado pelas suas próprias inseguranças e medos. Inconscientemente esta mãe responsabilizava o seu filho, por ser mais fácil, quando na verdade era ela que deveria resolver-se e entender-se!

Perante situações e casos ao longo de todo este trabalho espiritual, acredito que cada vez mais é necessário investir na formação equilibrada e simples da criança no seu desenvolvimento pessoal e espiritual. A meditação e o desenvolvimento de uma consciência espiritual clara e simples, possibilita a construção da criança, o alargamento no uso das suas capacidades sensitivas e psíquicas, e consequentemente o relacionamento feliz com o próximo e a vida!
Ao olhar para a criança na consciência do ser espiritual que é, torna possível a ligação harmoniosa e perfeita entre o seu coração e a manifestação da sua criança adormecida!

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